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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Consequências da expulsão - parte IV - Movimentos paralelos.

Jovens aventureiros
 Quase meio século se passou antes que a praga de fungos fosse controlada. Bem... A menos que você se aventure por subterrâneos, nuca se sabe! A vida continuou seu rumo, a agricultura cada vez mais difícil, a natureza cada vez mais cruel. Apesar disso os reinos continuaram em sua apatia. 
 Enquanto isso começava entre as gentes um movimento inusitado. Jovens, em todas as partes, se rebelavam contra o modo de vida de seus progenitores e partiam de casa em busca de aventuras. É certo que muitos voltavam pouco depois assustados ou, machucados mesmo. Mas também é certo que muitos não voltavam ou, por encontrar seu caminho no mundo das aventuras ou, por encontrar o fim dele!
 E foram alguns jovens, tocados em seus corações pelo espírito da aventura que, principiaram a invadir antigas torres de magos semi-destruídas em busca de segredos. Outros começaram a treinar nas matas a arquearia, sob o pretexto de caçar. Muitos se agrupavam em locais secretos e treinavam o uso da espada. Esses jovens, se não encontravam relíquias de família escondidas, como espadas, etc... Eram presenteados por estranhos ou, achavam essas relíquias em suas andanças. Aos poucos formaram-se grupos que passaram a vagar pelo mundo, não só em busca de aventuras mas, também dando proteção aos inocentes e, combatendo o mal. Um desses grupos veio a ser conhecido apenas por "Os Heróis", porquê tiveram participação importante no combate à N`Gar Sember, quando de seu retorno. Mas essa é uma história para outra hora.
 Abraços. 

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Consequências da expulsão - parte III

 Os séculos passavam lentamente e, a vida continuava. As estações foram as primeiras a mostrar mudanças, o inverno encolheu até praticamente desaparecer enquanto o verão e a primavera aumentavam sua duração. No começo as pessoas comemoraram a abundancia da colheita e da coleta de frutas, mas, com o tempo, a terra, sem descanso, começou a se exaurir e, veio a escassez.
Depois foram os animais; incomodados com alguma coisa, que as pessoas não compreendiam, começaram a agir estranhamente. Animais dóceis se tornavam agressivos, outros se deitavam e ficavam a definhar por meses sem que a morte lhes sobreviesse. Os povos do mundo começaram se perguntar o que acontecia mas, eram apenas notícias e, ninguém, realmente, se importou o bastante para querer fazer algo a respeito. Após quinhentos anos da expulsão nasceu a primeira criança velha e, quinhentos anos depois o fato já era comum; quando acontecia a família chorava sua má sorte e culpava os deuses.
 Dois mil anos após a expulsão aconteceu a "loucura do mundo": Pessoas idosas e, as vezes mortalmente feridas, não morriam, ao mesmo tempo, pessoas jovens e perfeitamente saudáveis simplesmente paravam de viver. O povo batia `a porta dos Reis e Barões buscando respostas, mas, os governantes estavam tão confusos quanto eles. Um conselho de clérigos foi reunido e, orou por ajuda e, foram ouvidos! Os problemas diminuíram, mas não pararam.
 Aos dois mil e quinhentos anos D.E. (depois da expulsão) As matas mostraram que foram afetadas, elas se tornavam cada vez mais impenetráveis, já que as árvores caídas não se decompunham. Giante, tentando ajudar, incrementou o crescimento dos fungos que cresciam nas regiões subterrâneas. Esses fungos se espalharam por todo o mundo tornando-se uma verdadeira praga e, por uma daquelas fatalidades que a lei da imprevisibilidade trouxe, alguns tornáram-se inteligentes.
 Esses monstros funguídeos exerciam controle sobre fungos menores, e como exércitos de fungos eles invadiam cidades destruindo tudo em seu caminho. Os povos enfrentavam os fungos com fogo, os fungos tinham pós alucinógenos, alergênicos e venenosos. 
 Foi no meio desse caos que muitas pessoas se voltaram para o culto de Ingrillunatti, finalmente entendendo que a entropia estava fora de controle. Essas pessoas, porém, foram perseguidas pelas autoridades que temiam o retorno da guerra e, foram obrigadas a fundar cidades sob as sombras da corôa de Kyton, onde podiam cultuar a deusa e pedir seu retorno. 

 Em algum lugar, entre a vida e a morte, N'Gar Sember acordou!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Consequências da expulsão - parte II

Coroa de Kyton
 Giante tornou-se um mundo pacífico. As criaturas da entropia recolheram-se para áreas sombrias e/ou, subterrâneas, mas, principalmente para as sombras entre as  montanhas da corôa de Kyton. As raças do mundo entraram num acordo de não agressão que pretendia ser eterno. Historiadores repassavam os fatos e ensinavam que todos os males vinham da guerra, que deveria ser evitada a qualquer custo. Exércitos foram desmantelados e, apenas milícias eram aceitas para a proteção de vilarejos mais afastados que, uma vez por outra, eram atacados por monstros errantes. As ordens paladínicas passaram a trabalhar secretamente para manter suas tradições; clérigos foram proíbidos de usar armas e armaduras e, finalmente, a magia foi banida.
 Quando os reinos tomaram conhecimento da catastrofe que se abateu sobre a pequena ilha de Moriana, mesmo sabendo que este ato ganhou a guerra, consideraram o uso da magia perigoso demais e, por medo, tornaram-no criminoso! Torres de magos foram derrubadas e incendiadas e, não foram poucos aqueles que, para não serem discriminados ou perseguidos, escolheram viver no anonimato. Trocamos a liberdade pela paz!

Havia, porém, um problema... 


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Consequências da expulsão - parte I

 Ainda não entendo como um grupo de onze magos e um paladino consagrado, puderam expulsar uma deusa sem a ajuda de um deus, mas, por mais que se pergunte aos oráculos de Giante, o deus mundo se cala perante esta questão, nos deixando apenas suspeitas...

 A expulsão da deusa, no entanto, trouxe mudanças ao mundo. Primeiramente desapareceu a lua negra que sempre acompanhou o horizonte deste mundo e, no lugar onde antes havia uma pequena ilha pedregosa hoje existe um rodamoinho eterno, com uma embocadura de seiscentos metros e, que segundo dizem termina em lugar nenhum (Bem ao gosto da entropia). Esse rodamoinho é cercado por uma mancha negra no oceano que se estende por quatro quilometros e meio para todos os lados e, tanto o mar negro quanto o rodamoinho são habitados por enormes monstros entrópicos (serpentes marinhas, etc...). Os homens do mar contam uma história, supostamente presenciada pelos marujos que conduziram os magos à ilha do ritual, nela diz-se que quando o ritual se completou partiu um raio de luz da ilha em direção à lua negra e, pouco antes dela desaparecer houve um rugir, como que um urro de ódio e de dor, vindo do céu e, que um raio de escuridão caiu engolindo ilha, magos, aves, peixes e qualquer coisa a menos de quatro quilometros o local. Então veio a onda que afundou um dos barcos e deixou o outro tão avariado que tiveram que abandoná-lo encalhado em uma praia distante. Como se não bastasse, os barcos que hoje passam ao largo, relatam tempestades repentinas vindas do mar negro ou, uma densa névoa de aspécto maligno que os desorienta e ameaça conduzí-los para as águas assassinas.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Oh Deuses! - parte V - Deusas em guerra!

Alban, "O cavaleiro de prata e ouro", aquece nosso mundo cruzando o céu montado em um leão de fogo cuja juba incandescente nós vemos todos os dias. Ele carrega o martelo da justiça com o qual faz cair sobre os devedores todo o peso de seu julgo. É um cavaleiro brilhante, e seu brilho conquistou as deusas.
 Ingrillunatti e Illunattan passaram a se digladiar, primeiro nos céus, seus corpos celestes disputando o espaço e provocando marés violentas, tremores e erupções. Disputando a atenção de Alban, lutaram através dos planos levando ao desequilibrio. A criação e a entropia em disputa ameaçavam todo o universo. Alban não interferiu. Na opnião do deus, não cabia à ele julgar a disputa das irmãs.
  Influenciadas por suas deusas as criaturas de cada poder começaram a lutar entre si. Vendo suas criaturas acuadas pelos animais de Illunattan, maiores e mais ferozes em sua maioria, Ingrillunatti começou a criar exércitos de criaturas da entropia, aranhas gigantescas, golens de sombras, toda sorte de goblinóides e todos os monstros hoje conhecidos. 

Elfos, anões e humanos, tentaram se manter à parte, mas os goblinóides e outros monstros, inteligentes ou não, ameaçavam a vida de todos e, finalmente se viram obrigados a enfrentá-los. Os habitantes de Giante, até então, não estavam acostumados com a guerra. Muitos humanos e alguns das raças antigas, por medo, ou por acreditar que perderiamos, debandaram para o lado de Ingrillunatti. Nessa época surgiu um guerreiro clérigo de nome N'gar Sember, fiel a Ingrillunatti, ele conduziu os exércitos das sombras até encurralar a força principal da resistência de humanos, elfos e anões. 

 Tudo parecia perdido, mas na hora mesma em que N'Gar Sember comandava o ataque final, uma coalisão de magos de todas as raças, executava em uma ilha isolada, um ritual que, com o sacrifício voluntário de um paladino de Alban, expulsou a própria deusa ingrillunatti, acabando assim com a guerra. O exército de N'Gar Sember se dispersou e, o Guerreiro-clérigo da entropia morreu com uma maldição nos labios. Apesar da vitória as consequências foram terríveis e, serão reveladas na próxima semana. Boa noite.


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Oh Deuses! - parte IV - Abandono



Deixado de lado, Giante tornou-se cada vez mais quieto e taciturno. Talvez por isso hoje seja conhecido como o deus silencioso, só se revela através do relevo de nosso planeta e de suas mudanças.  Expalhados pelo mundo existem oráculos de pedra, rochas com um rosto esculpido, dentro de cavernas. Aqueles que buscam a verdadeira sabedoria (Este é o aspécto principal do deus), entram nestas cavernas e fazem vigílias, jejuando e comungando com o intímo da terra e, com sorte, os oráculos, respondem aos consulentes.

 Tentativas de erigir igrejas à Giante foram todas frustradas, os templos desabam, terremotos destroem outras construções, parece que o deus não quer centros de adoração. Isso não quer dizer que não existam clérigos de Giante, os clérigos recebem inspiração divina direto do deus, àqueles considerados dignos. Claro, por não haver igrejas, o povo costuma duvidar destes clérigos taxando-os de malucos, pelo menos até que eles mostrem algum poder divino!
 Hã... Não, paladinos de Giante não existem por dois motivos: Primeiro, o deus é muito equilibrado (Neutro), E paladinos costumam ser extremistas (Lutarei até a morte defendendo a verdade do meu deus!!!) e,  fica difícil treinar paladinos sem um local erigido para isso. Pfff...

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Oh deuses - parte III - Humanos e dai?!

 Os deuses dedicaram-se a tornar Giante um lugar perfeito, mas alguma coisa ainda faltava. Eles se reuniram e discutiram até chegar a uma conclusão: Faltava um elemento imprevisível no mundo. Todas as feras e plantas seguiam sua natureza e, as raças antigas; elfos; anões; etc; eram estáveis através dos séculos. Dizem que foi por isso que os deuses criaram os humanos; para suprir a criação do imprevisível! Coincidência ou não, logo que o primeiro humano foi feito, surgiu o primeiro elemental, por geração espontânea, como se o surgimento do imprevisível no mundo tivesse criado uma brecha pela qual eventos insperados pudessem surgir. Mas como os elementais são apenas avatares de seus elementos e, nada fazem a não ser proteger os nodos de geração da terra, água, fogo e ar, os deuses não se importaram com o ocorrido. Além disso, cada deus estava representado nos elementos e sentiram-se lisongeados que a natureza do mundo gerasse elementais que os representassem. Ah sim! O ar é relacionado à Illunattan, a terra à Giante, o fogo à Alban e a água à Ingrillunatti.
 Os deuses deleitaram-se, então, ao observar sua criação. Com o tempo observar os humanos em suas breves vidas e, em toda sua complexidade e imprevisibilidade, mexeu com os deuses. Ingrillunatti e Illunatan apaixonaram-se por Alban. Encrenca, eu disse!



segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Oh deuses - parte II - Chegando mais perto...

 Satisfeitos com sua criação, e já maduros em eras, os deuses resolveram acompanhá-la mais de perto, para isto, tornaram-se eles próprios corpos celestes. Nosso sol é Alban que nos traz justiça todos os dias; Nossa lua azul é Illunattan, que nos traz as estações e ás marés, o plantio e a colheita; Ingrillunatti é a lua negra que acompanha o horizonte noite e dia, lembrando-nos que todas as coisas tem fim e; Giante, "o deus-mundo", repousa, resoluto, sob nossos pés nos dando sustento sob todas as formas.
 Sempre com a ajuda de Giante o planeta foi sendo povoado. Illunattan criou as plantas e os animais, na terra, no céu e no mar; Alban os belos elfos em todas as partes onde eles habitam; Giante criou os fortes anões e os Gigantes e, Ingrillunatti todos os insetos e criaturas carniceiras que deveriam manter o planeta limpo. Decidiram que a melhor forma de manter o mundo povoado seria criar dois princípios opostos que se completassem, e assim criaram o masculino e o feminino, e as criaturas mesmas ganharam o poder de se perpetuar.
 Ora! A idéia agradou tantos aos deuses que resolveram, eles mesmos, assumir princípios, tornando-se masculinos Alban e Giante e, femininas Illunattan e ingrillunatti. Óbvio que isso ia dar encrenca...



sábado, 15 de novembro de 2014

Oh deuses! - parte I - Começando do princípio

 Alguns dos antigos falavam que houve um deus infinito que criou os quatro. Esse infinito teria entregue o universo aos quatro e dito: - Vocês são minhas crianças e este espaço é seu quintal. Aqui vocês devem crescer e se desenvolver e esse vazio vocês devem preencher. A era que se seguiu foi a Era das criações infinitas: Nela os deuses teriam criado tantas coisas que juntas não caberiam no espaço, porém, as coisas eram efêmeras e se desfaziam no instante mesmo em que eram feitas. Após milhares de anos os deuses eram bons em criar, mas se cansaram de ver suas criações sumirem, então um deles, aquele que depois chamariamos de Giante, resolveu parar de criar e usar seu poder divino para perpetuar a criação. Assim começou a segunda era; A Era da acumulação: Nessa era tudo o que foi criado de bom e de ruim, de belo e de feio, de luz de trevas permaneceu; Após milênios o universo  estava repleto, e isso deu início à terceira era; A Era do caos: Cansados de ver as criações dos outros competindo com as próprias, os três que criavam começaram a destruir e se tornaram bons nisso. Cada um destruia o que os outros dois criavam. Quando ficou claro que os três não parariam com a guerra antes que cada coisa criada fosse destruida o quarto interveio. Giante pediu que os irmãos recobrassem a razão e parassem com a guerra. Ignorado, Giante simplesmente parou de manter a criação, e tudo o que havia sido criado desapareceu. Frustrados os três voltaram-se contra Giante, porém o deus fora o mantenedor por tempo demais e suas criações eram mais firmes e duradouras ques as dos outros, logo, ficou claro que estavam num impasse, e se viram forçados a entrar num acordo. Começou a quarta era; A Era da entropia: Um dos três se responsabilizou por destruir as criações excedentes; àquela que viriamos a chamar de "Ingrillunatti a deusa da entropia". Houve paz por eras... Um dos outros dois viu a nescessidade de julgar o que deveria ser destruido para dar lugar ao novo e se tronou Alban o deus da justiça, passando a decidir o que Ingrillunatti deveria destruir ou não. O deus que sobrou manteve a função de criar, essa é Illunattan. Nesse ponto o Universo começou a tomar a forma que conhecemos, mas isso é outra história.